Temas principais do Congresso:
Oceanos
Apenas cerca de 3% dos oceanos estão livres das atividades humanas. As explorações excessivas dos recursos marinhos têm um enorme impacto nas espécies e nos ecossistemas marinhos. O aumento das temperaturas, a acidificação dos oceanos, a pesca excessiva, a poluição através dos plásticos, pesticidas e outros produtos químicos estão a provocar impactos negativos na humanidade e na vida marinha.
É urgente parar a perda de espécies marinhas e o declínio dos ecossistemas, existindo a necessidade de unir esforços para promover e aplicar práticas de pesca sustentáveis, proteger a biodiversidade costeira e marinha e restaurar habitats degradados.
O objetivo de travar a perda da biodiversidade marinha só será alcançado se for implementada uma rede global de áreas marinhas protegidas que tenha em consideração os direitos dos povos indígenas e das comunidades locais.
Alterações Climáticas
A emissão de gases que provocam o efeito de estufa aumentaram progressivamente na última década apesar da ameaça atual e futura representada pelas mudanças climáticas. As temperaturas médias globais aumentaram 1°C em relação aos níveis pré-industriais e continuam a aumentar.
Não é possível adiar por mais tempo a resposta às duas crises globais, a mudança climática e a perda de biodiversidade. Os planos para lidar com esses efeitos só alcançarão o sucesso se existir vontade política para implementar as mudanças necessárias nas economias e sociedades de forma a proteger a vida na terra.
As ações para combater as alterações climáticas têm como objetivo proteger a natureza ao nosso redor e os sistemas naturais dos quais todos dependemos. Se cuidarmos bem do solo, das florestas e da água, seremos capazes de enfrentar melhor as alterações climáticas e as suas consequências.
A diminuição das emissões de gases com efeito de estufa não será suficiente para evitar os impactos das alterações climáticas. Existe a necessidade de remover e armazenar grandes quantidades de carbono. Os cientistas apontam como solução a utilização dos oceanos como sumidouros de carbono através do cultivo de algas marinhas e da manipulação de nutrientes na água.
O solo armazena carbono, fundamentalmente na forma de matéria orgânica, e é o segundo maior reservatório de carbono da Terra, a seguir aos oceanos.
Nas últimas décadas a capacidade do solo para captar e armazenar carbono foi diminuindo devido às alterações do uso da terra, no entanto o regresso às boas práticas florestais e agrícolas podem aumentar a aptidão de captação de carbono pelo solo.
As florestas captam gases com efeito de estufa através da fotossíntese e também auxiliam no arrefecimento do planeta, sendo muito importantes na luta contra as mudanças climáticas.
As florestas estão a ser derrubadas a um ritmo alarmante, estas ações de desflorestação estão a acelerar as mudanças climáticas, a alterar os padrões de precipitação e habitats.
Biodiversidade
Biodiversidade, ou diversidade biológica, pode ser definida como a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e dos ecossistemas aquáticos. A variabilidade pode variar de acordo com as diferentes regiões ecológicas, ou seja, é a variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a diversidade de espécies da flora, da fauna, de fungos microscópicos e de micro-organismos.
A biodiversidade de todo o planeta encontra-se ameaçada devido à ação do homem. As principais ameaças à biodiversidade são a poluição, a destruição das florestas, as alterações climáticas, a introdução de espécies exóticas e a excessiva exploração dos recursos naturais.
A poluição é uma ameaça à biodiversidade devido às alterações que provoca no ambiente o que impossibilita a sobrevivência de muitas espécies. A morte de algas, peixes e outros organismos marinhos é um dos exemplos das consequências da poluição do ambiente aquático.
A desflorestação resulta no desaparecimento de inúmeras espécies vegetais e provoca a destruição do habitat de diversas espécies animais.
Outro fator que afeta a biodiversidade é a introdução de espécies exóticas invasoras que ao não terem predadores nesses novos territórios se vão multiplicar rapidamente e em grande número, competindo diretamente com as espécies nativas.
Outro fator que afeta a biodiversidade é a exploração excessiva dos recursos naturais devido ao consumismo existente nas sociedades humanas.
